terça-feira, 30 de junho de 2015

O Primeiro Choro Brasileiro


Pixinguinha. Foto: Luiz Carlos Barreto, Divulgação. 
Bons tempos quando a seleção levava os torcedores ao choro de emoção e orgulho e hoje verter lágrimas com sentimento de desapontamento e derrota, mas não podemos deixar de lembrar que a tempos remotos ouvia-se um outro choro, um ritmo musical e composição motivada pelos tempos áureos das vitórias da equipe brasileira de futebol. 

Pixinguinha considerado o rei do chorinho é autor do grande clássico Carinhoso, que ganhou a letra de João de Barro. O primeiro contato com o futebol ocorreu em 1919 junto ao título da seleção brasileira de futebol. 

 O músico homenageou em tom heroico e com singular precisão a conquista do Campeonato Sul-americano, sediado no Rio de Janeiro, no Estádio das Laranjeiras. Brasil e Uruguai chegaram na última rodada com os mesmos números de pontos, as duas seleções empatam o jogo anterior pelo placar de 2x2, isso fez que realizasse uma nova partida entre as duas equipes, realizada no dia 29 de maio. Brasil e Uruguai fizeram uma partida memorável.

Friedenreich, o autor do gol do título brasileiro.
   Nessa memorável partida Friedenreich tornou-se o primeiro herói do futebol brasileiro. Após o empate de 0 a 0, nos 90 minutos, foi disputada uma prorrogação de 30 minutos, como o placar teimava em permanecer em branco, houve a prorrogação de 30 minutos para definir quem levantaria a taça de campeão Sul-Americano. 

Logo aos 3 minutos do segundo tempo, uma jogada na direita iniciada por Neco que lançou a bola na área para a conclusão de Heitor, o chute foi defendido pelo goleiro uruguaio Saporiti, no rebote Friendereich não perdoou, marcou o gol da vitória e do primeiro titulo da seleção brasileira. O Estádio das Laranjeiras foi ao delírio com o placar da partida. De tão marcante esse momento que Pixinguinha compõe o chorinho instrumenta 1x0. Em 1993, o compositor mineiro do clube da Esquina Nelson Ângelo em parceria com o carioca Chico Buarque completaram a letra e juntos fizeram a gravação  da música, que fez parte do álbum “A vida Leva” do artista mineiro. 


Ouça as duas versões de 1x0: 




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